quinta-feira, 26 de maio de 2022

Estudantes deixam sua marca na escola por meio da Arte Rupestre

 


Estudantes deixam sua marca na escola por meio da Arte Rupestre

 

Graziella Plaça Orosco de Souza – professora de Geografia

 

Os estudantes da PEI EE Pastor João Carlos Padilha de Siqueira participaram, no dia 25 de abril, de uma atividade diferente: puderam vivenciar um pouco da arte do período Paleolítico. A ação fez parte da aula de Eletivas das professoras Graziella Plaça Orosco de Souza (Geografia) e Maria Rosana de Farias (Língua Portuguesa), que desenvolvem o projeto intitulado “De Indiana Jones à Laura Croft: o que a Arqueologia tem a ver com você?”. O objetivo foi o de ressaltar a importância da Arqueologia para o entendimento da sociedade contemporânea, estimulando o debate sobre o patrimônio histórico cultural brasileiro e sua preservação. O projeto é apoiado com empréstimo de materiais arqueológicos pelo Museu de Arqueologia Regional, da FCT-Unesp, campus de Presidente Prudente, SP.

A atividade teve por base a reprodução da arte rupestre presente no sítio arqueológico do Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí, Brasil, que se constitui de um importante nicho de estudo por conter a maior concentração de pinturas rupestres do planeta. Reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1991, o Parque impressiona pela diversidade e significância de suas pinturas.

A atividade teve como principais objetivos: ampliar conhecimentos sobre a cultura material de tempos pretéritos, chamando a atenção para as manifestações artísticas dos primeiros povoamentos humanos do Continente; estimular a criatividade por meio da releitura das pinturas rupestres, permitindo aos estudantes experimentar cores e formas de representação; promover momentos de trabalho colaborativo, respeito ao espaço alheio e colaboração na criação do painel; oferecer aos estudantes a oportunidade de personalizar os espaços escolares, imprimindo na escola as marcas de seu processo de aprendizagem.

Para a professora Leidy Anni, a atividade foi interessante por “promover a valorização da cultura brasileira por meio das transformações dos desenhos, resgatando aspectos sociais percebidos de uma forma concreta pelos estudantes, fazendo com que a aprendizagem se torne significativa”. Em adição, o professor Eder comentou que “através das pinturas, os estudantes puderam compreender as transformações sociais da humanidade nas gerações, valorizando o passado por meio da cultura material”.

A ação teve início com a apresentação em slides da arte rupestre da Serra da Capivara. Em seguida, houve debate sobre os primeiros registros artísticos da humanidade e a importância de sua preservação. Por fim,  estudantes foram convidados a construir um painel colaborativo, onde reproduziram releituras das imagens da Serra da Capivara no muro da rampa interna da escola, que fica em frente ao refeitório. O local para confecção do painel foi escolhido estrategicamente por ser um lugar de passagem de todos os estudantes, que podem revisitar a obra sempre que quiserem.

Cada estudante representou mais de um grafismo e, por fim “assinaram” a obra com as marcas de suas mãos. Os estudantes comentaram que a ação promoveu o entendimento das condições da época em que a arte rupestre foi reproduzida, que é muito diferente do que a pintura no papel, por exemplo, e que os elementos representados como animais e ações relacionadas à sobrevivência exprimem a vida na sociedade do período Paleolítico.

As professoras consideram que a atividade foi um sucesso e que tem como potencialidade promover a sensação de pertencimento nos estudantes.


Fotos 1, 2 e 3 – Estudantes reproduzindo a arte rupestre


Fotos 4, 5 e 6 – Assinatura e resultado final do painel