Estudantes deixam sua marca na escola
por meio da Arte Rupestre
Graziella Plaça Orosco de Souza –
professora de Geografia
Os estudantes da PEI EE Pastor João
Carlos Padilha de Siqueira participaram, no dia 25 de abril, de uma atividade
diferente: puderam vivenciar um pouco da arte do período Paleolítico. A ação
fez parte da aula de Eletivas das professoras Graziella Plaça Orosco de Souza
(Geografia) e Maria Rosana de Farias (Língua Portuguesa), que desenvolvem o
projeto intitulado “De Indiana Jones à Laura Croft: o que a Arqueologia tem a
ver com você?”. O objetivo foi o de ressaltar a importância da Arqueologia para
o entendimento da sociedade contemporânea, estimulando o debate sobre o
patrimônio histórico cultural brasileiro e sua preservação. O projeto é apoiado
com empréstimo de materiais arqueológicos pelo Museu de Arqueologia Regional,
da FCT-Unesp, campus de Presidente Prudente, SP.
A atividade teve por base a reprodução da
arte rupestre presente no sítio arqueológico do Parque Nacional Serra da Capivara,
Piauí, Brasil, que se constitui de um importante nicho de estudo por conter a
maior concentração de pinturas rupestres do planeta. Reconhecido pela Unesco
como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1991, o Parque impressiona pela
diversidade e significância de suas pinturas.
A atividade teve como principais
objetivos: ampliar conhecimentos sobre a cultura material de tempos pretéritos,
chamando a atenção para as manifestações artísticas dos primeiros povoamentos
humanos do Continente; estimular a criatividade por meio da releitura das
pinturas rupestres, permitindo aos estudantes experimentar cores e formas de
representação; promover momentos de trabalho colaborativo, respeito ao espaço alheio
e colaboração na criação do painel; oferecer aos estudantes a oportunidade de
personalizar os espaços escolares, imprimindo na escola as marcas de seu
processo de aprendizagem.
Para a professora Leidy Anni, a atividade
foi interessante por “promover a valorização da cultura brasileira por meio das
transformações dos desenhos, resgatando aspectos sociais percebidos de uma
forma concreta pelos estudantes, fazendo com que a aprendizagem se torne
significativa”. Em adição, o professor Eder comentou que “através das pinturas,
os estudantes puderam compreender as transformações sociais da humanidade nas
gerações, valorizando o passado por meio da cultura material”.
A ação teve início com a apresentação em
slides da arte rupestre da Serra da Capivara. Em seguida, houve debate sobre os
primeiros registros artísticos da humanidade e a importância de sua
preservação. Por fim, estudantes foram
convidados a construir um painel colaborativo, onde reproduziram releituras das
imagens da Serra da Capivara no muro da rampa interna da escola, que fica em
frente ao refeitório. O local para confecção do painel foi escolhido estrategicamente
por ser um lugar de passagem de todos os estudantes, que podem revisitar a obra
sempre que quiserem.
Cada estudante representou mais de um
grafismo e, por fim “assinaram” a obra com as marcas de suas mãos. Os
estudantes comentaram que a ação promoveu o entendimento das condições da época
em que a arte rupestre foi reproduzida, que é muito diferente do que a pintura
no papel, por exemplo, e que os elementos representados como animais e ações
relacionadas à sobrevivência exprimem a vida na sociedade do período
Paleolítico.
As professoras consideram que a atividade
foi um sucesso e que tem como potencialidade promover a sensação de
pertencimento nos estudantes.
Fotos 1, 2 e 3 – Estudantes reproduzindo a arte
rupestre
Fotos 4, 5 e 6 – Assinatura e resultado final do
painel